Como muitos já devem saber, há mais de uma semana Jack Swarbrick foi nomeado o novo Diretor Atlético de Notre Dame. Muito velha pra ser notícia, isso passa a ser mais uma análise.Currículo não falta para esse advogado de 54 anos. No campo do Direito, acabara de se tornar sócio da firma Baker & Daniels, após atuar na advocacia por 28 anos. Na área do desporto, seu histórico sobressai ainda mais. Além de já ter sido considerado para a posição de AD em outras universidades, como Indiana, Arizona State, Ohio State e Stanford, foi finalista, em 2002, concorrendo para o cargo de presidente da NCAA. Também já foi sondado pela Big 12 para ser o seu comissário. Foi o presidente da Indiana Sports Corp. que convenceu a NCAA a realocar sua sede para Indianapolis. E também foi vice-presidente da comissão que conseguiu que o Super Bowl de 2012 seja realizado no Lucas Oil Stadium.
Formou-se em Notre Dame, na mesma classe do presidente de ND, rev. John Jenkins, e fez Direito em Stanford. Isso mostra que ele possui ligação com a universidade, e isso é importante.
A questão é a seguinte: Swarbrick vai ter o poder de decisão que não teve Kevin White, que por isso saiu para ser AD em Duke?
O AD dos Fighting Irish tem muitas atribuições e responsabilidades. Mais que um AD de outra escola, por estar na escola de independente de maior prestígio no Futebol universitário. Se não possuir total discricionariedade para decidir na posição de AD, vai encontrar pouco respaldo no resto da NCAA, e está fadado ao fracasso.
Entretanto, a meu ver, Jack Swarbrick é muito inteligente para aceitar esse cargo sem o devido poder de decisão independente e, sem dúvida, ter sido colega do presidente da universidade ajuda. Ele demonstrou muita força em vários processos, como do Super Bowl e da sede da NCAA, como citei acima. Ele também é responsável por levar o torneio da conferência Big Ten de basquete masculino para a capital de Indiana. Um colega seu falou que esse é o sonho da vida de Swarbrick. Eu acredito que ele não teria aceito o cargo se precisasse subordinar suas decisões a outras pessoas da direção. Ele tem familiaridade com a área e, em especial, com Notre Dame. Aceitou o emprego, e eu acho que ele está à altura do desafio. Espero que o rev. Jenkins também pense assim, e lhe dê toda a autonomia necessária para o exercício do cargo.
